sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A DESORDEM QUE INDUZ A VIOLÊNCIA E A APLICAÇÃO DA “TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS

“TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS”



Trabalho de análise e discussão sobre a Teoria das Janelas Quebradas, apresentado à disciplina de Criminologia. - Professor: Gil Morato

RESUMO
           
Este trabalho proporciona a discussão e a apresentação de argumentos dos componentes de um grupo de graduandos em Direito. Essa tese, defendida pela primeira vez em 1982 pelos americanos James Wilson e George Kelling, recebeu o nome de “teoria das janelas quebradas”.
Grandes resultados se alcançam com pequenos gestos. Tendo a iniciativa apresentado sucesso em Nova Iorque, pode perfeitamente bem ser aplicada no seu bairro, na sua rua, melhorando o aspecto de onde você mora.
Com um olhar crítico sobre o tema, baseado na consulta de bibliografias diversas, concordamos e discordamos com essa teoria e nas argumentações indicamos que a política que infantiliza o seu eleitorado, para a falta de comprometimento e aplicação dos princípios constitucionais, gerando uma comunidade tranquila e ordeira. Abaixo a hipocrisia dos nossos governantes (legisladores), pois são esses que fazem e sancionam as leis.
Palavras chave: violência; tolerância zero; criminalidade


            O objetivo do presente trabalho é a argumentação dos membros do grupo com relação a prevenção à criminalidade visando à segurança pública e o exercício pleno da cidadania, com foco na população mais afetada pela violência e criminalidade urbana. O texto base é a “Teoria das Janelas Quebradas”, aplicada ao programa Tolerância Zero em New York. Levantamos pontos de concordância e discordância referentes à prática de diversos crimes, os dados oficiais de criminalidade e a sensação generalizada de Insegurança, que demandam ações urgentes e efetivas de combate e prevenção.


2                    DESENVOLVIMENTO


            Baseado no texto de referência, os itens a seguir apresentam os argumentos e as colocações de cada membro do grupo de trabalho, através de uma visão crítica sobre o assunto.

2.1              ARGUMENTOS DE ABERLADO NETO


Em minha tese defendo a “broken windons theory” que sustenta a rápida resposta estatal no combate contra o vandalismo nas cidades. Quando temos a ideia que o homem precisa ter convivência, pois vive em sociedade, e mais fácil viver em um ambiente limpo e com aspecto digno.

Aristóteles já falava que o homem é um animal político, e tal animal precisa ter as mínimas condições de viver dentro de uma sociedade, esta mesma sociedade que em muitas vezes não consegue oferecer o que é digno para algumas pessoas que também a compõe.

Temos uma tendência de sermos violentos, e de fazer o que não é certo, isso aumenta ainda mais quando o Estado, pessoa responsável para ordenar, e formado exercer o papel daquilo que abrimos mão, não nos dar segurança, educação e outras coisas que necessitamos para viver em sociedade, e com isso evitando que os individuo não seja mais violento do que seu próprio instinto.

Atualmente lendo o livro “mentes perigosas” de Ana Beatriz Barbosa Silva, vejo o quanto é necessário o estudo da criminologia para combater o crime de forma correta. E que o indivíduo que o pratique tenha punições assertivas por parte de quem pode punir se não iremos continuar a enxugar pedra de gelo, gastando energia e dinheiro atoa.

A criminologia vem para estudar fatores dessa violência, saber o porquê dos crimes, e cada vez mais atuando, ver a necessidade de políticas sociais, educacionais e familiares mais eficaz, que é exatamente o contrario com o atual cenário que na maioria das vezes vemos exercido pelos nossos governantes. Outro fator que tem um grande impacto na sociedade, é fator punitivo de quem comente um crime, com uma visão fechada de levar o indivíduo para uma cadeia, não dando condições para ressocialização, se é que um dia estes foram sociáveis, os excluindo de vez da sociedade, esse fator é o mais ineficiente que a criminologia aponta, sugerindo medidas sócio educativas.

2.2              ARGUMENTOS DE EDER ALEXANDRE


As duas teorias têm muitos fatores irrefutáveis que poderia nos leva à acredito que é só o meio o fato determinante para violência. Mais os motivos determinantes que levam o indivíduo a se delinquir, ou transgredindo as regras de convivo sociais está muito além do que só uma cidade ou quadras limpas e ordenadas, suas raízes estão embasadas na cultura histórica e na educação, onde várias gestões de Governo passaram e quase nada foi mudado ao longo da história.

No entanto acredito que não é só o meio que contribuí para o aumento da violência e os atos de vandalismos ao fazer uma manifestação em qualquer lugar. Em uma Análise rápida podemos fala que a maior causa para violência é a desigualdade social, não pelo dinheiro mais sim pela péssima qualidade dos serviços que é oferecido ao público como saúde, transporte e o mais importante junto com a saúde é a educação que vem piorando cada vez mais por querer mostra números e não qualidade em escolas destinada ao público de baixa renda.

Para que se tenha uma sociedade organizada é preciso uma educação com qualidade, que talvez seja o maior problema da atualidade, ou seja a questão da educação que deveria formar pessoas pensantes, e não formar pessoas que age por instinto.

2.3              ARGUMENTOS DE GABRIEL MARÇAL


Aristóteles dizia que o homem era um animal sociável e isso o fazia instintivamente agrupar-se para sobreviver. Por esse instinto de coletividade que vivemos hoje em sociedade, em sua teoria naturalista o homem era bom. Já nos dias de hoje percebemos que essa organização entre as pessoas chamada de sociedade enfrenta alguns problemas com relação a ordem e a desordem, pois os dois pontos se chocam quando falamos de estabelecer regras para determinada coisa ou lugar.

O ser humano vive sob um regime de regras imposta por determinada ordem  que precisou de um poder superior (Estado) para reger a vida social do cidadão impondo-lhe regras e condutas a serem seguidas enquanto vivesse em coletivo. Pois em face disso o homem deveria abrir mão de prazeres e direitos para que vivesse em agrupamento social. Segundo a “Teoria das janelas quebradas” pressupõe-se que o homem age por impulso, ele faz o que o outro também faz, ele se sente a vontade quando não pratica determinado ato sozinho.

Como dito acima, existem os dois lados, a ordem e a desordem. Os dois causam conflitos intrigantes , pois, quando tentam instaurar a ordem, existe uma resistência contra a nova imposição feita pela ordem, causando assim uma revolta e com isso provoca-se a desordem.

No caso da desordem temos a pensar que quando as pessoas se deparam com a situação de desordem elas pensam que não há algo ou alguém que administre e zele por tal situação.

Quando pensamos em desordem pensamos em algo sem controle, más não é bem assim. A falta de ordem nem sempre significa a falta de um controlador que a domine e sim a falta de senso de quem a pratica.

Portanto, o indivíduo quando se depara a uma situação onde não se tem ordem ele se sente apto a participar dos atos de desordem, pois para ele naquela situação o desvio que ele eventualmente venha cometer será conivente com a situação. Um exemplo claro é uma pessoa estar passando em um local absolutamente sujo, e esta mesma pessoa estar de posse de um lixo consigo em suas mãos, e pelo fato do local apresentar indícios de “desordem” ele joga o lixo no chão com o pensamento “todo mundo joga, porque eu não posso”. Esse extinto de falta de ordem está dentro de cada um, basta sermos afrontados para que pratiquemos algum desvio em um lugar que seja propício ao ato.

Temos hoje atos de criminalidade que são comparados à desordem, mas discute-se que nem toda desordem é um crime, mas todo crime é uma desordem.

Contudo, o ser humano é movido a praticar desordem por influência, ele se sente a vontade não praticando certo desvio sozinho e sim acompanhado dos demais.



2.4              ARGUMENTOS DE GERALDO FÉLIX JÚNIOR


A Teoria das Janelas Quebradas (Broken Windows Theory), afirma que “a deterioração da paisagem urbana é lida como ausência dos poderes públicos, portanto enfraquece os controles impostos pela comunidade, aumenta a insegurança coletiva e convida à prática de crimes”.

A juventude se perde pelo favorecimento nocivo das drogas sociais, tanto lícitas como ilícitas e da proteção que a legislação - o ECA – lhes dar em relação a imputabilidade de seus atos e quanto a certeza de sua incapacidade civil e penal frente à responsabilidade de seus atos. Isso favorece a pratica criminal.

A crescente onda de violência surge pelo resultado de uma ineficiência pública, que durante muitos anos, fecha os olhos para as mazelas e dificulta o acesso da população, em especial os menos favorecidos, a um serviço público essencial de qualidade.

A omissão do Estado permite que em espaços abandonados e ocupados por delinquentes que a deterioração seja muito maior, ou seja o delito é maior onde há desordem e as políticas públicas são ineficientes e já o conceito em comunidade limpas e ordenadas o conceito de prevenção é muito maior do que repressão. É preciso reformular a estrutura e o funcionamento das instituições do Estado e de seus agentes.

Através de experiências e observações sobre essa teoria apresento um exemplo bem atual de nossa realidade: o centro da cidade de Belo Horizonte, onde atualmente a Praça Sete encontra-se em total desleixo pelo Estado: com pichações em seus prédios, tráfico de drogas, depredação do patrimônio, comércio ilegal, passeios com buracos e falta de segurança para os transeuntes. Não há interesse do Poder Público atualmente melhorar o local, mas com a proximidade da Copa e a repercussão do estado do local na mídia, muito provavelmente irão melhorar o local.

O poder público municipal exerce grande parcela de responsabilidade sobre as ações de prevenção em relação ao sistema de segurança. A polícia sozinha não é suficiente para coibir a prática de delitos, pois ela atua em uma modalidade de repressão qualificada e para isso precisa contar com espaços públicos saudáveis.

Promover a constante manutenção de revitalização em equipamentos públicos e espaços deteriorados é fundamental para o bem estar e desenvolvimento do município, e situação assim se conquista com o apoio do Poder Púbico e a presença da população, sempre cobrando as melhorias, pois são ferramentas para prevenção à criminalidade e para promoção da sensação de segurança.

2.5              ARGUMENTOS DE SERGIO FERNANDO


Em minha tese o ser humano e influenciado facilmente pelos seus semelhantes, que ao ver agindo de determinada forma assimila aos seus atos e os comete buscando fazer uma analogia “se ele pode então logo eu também posso”. Tais atos são citados pela escola Positiva, que dizia que o homem e influenciado pelo meio em que vive, e os atos cometidos por seus semelhantes. Que logo são imitados pelos demais, se analisaremos por esse angulo estaremos vendo com um olhar Lombroso.

Devemos visar e ressaltar que nem sempre o meio e o contexto social irão criar vândalos e criminosos, pois isso vai da índole e caráter de cada um. Pois o que eu cito e que o meio e as pessoas que o complementam influenciam bastante nas atitudes e atos dos demais, mas não e fator obrigatório na decisão de cada sujeito ou pessoa. Se fundamentássemos nossa ideologia no que Enrico Ferri dizia “menos justiça penal mais justiça social”, poderíamos de certa forma exterminar alguns atos de vandalismo que ocorrem em nossa sociedade, por que quando trabalhamos em pro da sociedade vemos como consequência indivíduos melhores em todos os seus aspectos, vemos indivíduos mais participativos e que contribuem de forma clara com o crescimento de sua nação, ao invés de contribuir para atos de vandalismo e violência. Como infelizmente vemos aos montes por ai como uma simples pichação ou depredação de prédios e estatuas públicas.
 

2.6              ARGUMENTOS DE YURI LADEIA


O vandalismo está ligado com o conceito sócio cultural, mas nem sempre é por esse motivo, um exemplo é a de depredação da viatura em um bairro nobre onde a questão educacional é mais forte e as políticas públicas são efetivas.

Minha afirmação se baseia na teoria de Von Liszt que nega a teoria de Lombroso a respeito do criminoso nato e diz que o conjunto para solução do problema do crime é a junção da criminologia, direito penal e política criminal, que através do método indutivo irá estudar as causas do problema e comprovar através de experimentos científicos, e após o estudo e comprovação será plicada as medidas cabíveis na realidade da sociedade.

A vertente das ideias de Ferri se aplica a minha afirmação, pois compartilho de sua teoria que diz “menos justiça penal e mais justiça social”. Onde os fatores sócios econômicos e culturais são observados e estudados para que seja elaborada uma solução para a causa do problema, para que se diminuam os delitos futuros.

Como dito no início a causa nem sempre é a questão sociocultural, e é nesse ponto que entra o estudo do crime pelo método indutivo que apresentará soluções para o eventual problema.


3                    PONTOS DE CONCORDÂNCIA E DE DISCORDÂNCIA DO GRUPO


Todos concordam que, de maneira unânime, que o Estado é omisso e apontam:
·                    Direito do cidadão são desrespeitados pela inércia do poder público e a violência está crescente.
·                    Falta de Serviços sociais prestados pelo Estado (Políticas Públicas)
·                    Sensação de Impunidade.
·                    As pessoas querem que respeitos sejam realizados, mas não conseguem respeitar a si próximo.
·                    A aplicação de duas categorias (a social e a situacional) de prevenção à criminalidade.

3.2              PONTOS DE DISCORDÂNCIA


Cada membro do grupo tem um pensamento diferente, buscando sempre a mesma discussão em cada opinião:

·                    Discordo a comparação do Brasil com Países como a Holanda ou a Europa, haja visto lá tem se educação e os direitos são respeitados, com certeza a criminalidade é menor.

·                    Um ponto de discordância em relevância é a respeito de penas mais severas para se punir um delinquente. Em minha concepção a punição mais rígida, apenas fará com que o indivíduo se abstenha da vida em sociedade e se isole cada vez mais de uma convivência talvez passiva de reintegração que o indivíduo pudesse ter após uma medida educativa ou punitiva que o ajudasse em sua ressocialização.

·                    Outro ponto é a educação. Se o delinquente tivesse tido uma educação de qualidade desde sua base até sua vida civil pena, ele teria uma concepção diferente sobre a convivência em sociedade, não sentiria a necessidade de praticar certos atos. A base latente para o bom desenvolvimento de uma nação é a educação dada a quem ela pertence.


REFERÊNCIAS



ARISTÓTELES. A política. Traduzido por Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 2002.


FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 5. ed. Petropólis: Vozes, 1987


A desordem que induz a violência e a aplicação da “Teoria das Janelas Quebradas”.  Disponível em: <http://atualidadesdodireito.com.br/sandrovergal/2014/04/16/a-desordem-que-induz-a-violencia-e-a-aplicacao-da-teoria-das-janelas-quebradas/>. Acesso em: 04 de abr. 2014.


Nunca é tarde para aprender

Jornalista Félix Júnior



Com um olhar sereno e ao mesmo tempo determinado, a nonagenária Chames Salles Rolim, recebeu o diploma de bacharel em Direito, em 7 de agosto em Minas Gerais pela Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa). A cerimônia realizada no auditório Fiemg, no Centro de Desenvolvimento de Pessoal da Usiminas (CDP). A graduação da idosa de 97 anos está sendo festejada por familiares, amigos e até por desconhecidos, de diferentes Estados brasileiros e também do exterior. Diariamente, a formanda recebe inúmeras mensagens de parabéns. “Fico muito feliz e espero contar com a presença de todos na minha colação de grau”, convidou.

Dona Chames, como é carinhosamente chamada pelos amigos, não esconde quais são seus planos para depois da conquista do bacharelado: auxiliar a sociedade compartilhando o conhecimento adquirido. "Sei que a minha idade não me dá muito prazo. Por isso, o que eu quero é ser útil a quem me procurar, compartilhar o conhecimento. E se eu não souber responder algo, orientar a pessoa a buscar quem saiba", frisou.

Filha de libaneses e irmã do ex-prefeito de Ipatinga Jamill Selim de Salles, a estudante acredita que a instrução é o primeiro passo para a transformação social. “O ser humano deve aprender a distinguir entre o bem e o mal e, para isso, precisa ter acesso a uma fonte esclarecedora. Se eu puder ajudar nisso, ficarei muito feliz”, ressaltou.

A idosa nasceu em Santa Maria de Itabira e se mudou para Santana do Paraíso aos três anos. Trabalhou a maior parte da vida na farmácia do marido José Maria Rolim, com quem foi casada por 63 anos e teve dez filhos. Atualmente, mora em Ipatinga com um filho.

Fazer um curso superior sempre foi um sonho da nonagenária, mas ela só decidiu entrar para a faculdade após a morte do marido, que era bastante ciumento e não aprovava a ideia. Apaixonada pelo universo de conhecimentos que o Direito lhe abriu, a estudante afirmou que se fosse mais nova, se matricularia no curso outra vez. “No Direito, há sempre muito a aprender. Esses cinco anos foram maravilhosos”, confessou.



A formanda pratica hidroginástica todas as manhãs, tem o hábito de escrever poesias e diz preferir as madrugadas para estudar, por conta do silêncio. Sobre as pessoas que colocam na idade a justificativa para não mais aprender, ela comenta com a palavra francesa “paresse”, que significa preguiça. Em seguida, complementa: “A gente sempre pode aprender, mesmo que seja a conviver melhor com as pessoas”. Além do conhecimento jurídico, a universitária afirma que levará da graduação as lembranças de cada professor, o carinho recebido e a saudade dos amigos. “Isso ficará pra sempre”, finalizou.

Fórum de Ipatinga

Dona Chames esteve no fórum de Ipatinga para cumprir um dos últimos requisitos para a conclusão do curso. Ela acompanhou audiências e produziu relatórios. A idosa revelou que foi a primeira vez que esteve no prédio. “Não conhecia nada aqui e nem sabia como funcionava na prática, mas estou assimilando o máximo que posso”, comentou.

Das audiências da 1ª Vara de Família, a formanda destacou a satisfação provocada pelas conciliações. “Participei de audiências de divórcio e de alimentos com o juiz Carlos Roberto de Faria e achei espetacular ver os casais chegando a um acordo”, disse.

Já sobre as audiências criminais, a universitária ressaltou a capacidade que têm de entender mais a essência humana. “Nessas audiências, passamos a conhecer melhor o ser humano. Vemos além das aparências”, avaliou.

A presença da estudante chamou a atenção dos servidores públicos. O juiz da 1ª Vara Criminal, Luiz Flávio Ferreira, comentou ter ficado surpreso com a participação de dona Chames nas audiências. “A presença dela traz motivação para todos nós. É um grande exemplo”.

Impressionado pelo interesse e curiosidade da formanda pelos fatos das audiências, o promotor de Justiça Samuel Saraiva Cavalcante elogiou a determinação da universitária. “É um grande privilégio conhecer um exemplo como a dona Chames. Não tenho dúvidas nenhuma de que ela muito ensinou e ensina a todos que conviveram com ela durante a faculdade”.

O defensor público Alexandre Heliodoro dos Santos, por sua vez, também destacou o estímulo trazido pela visita da nonagenária ao fórum. “É tocante poder presenciar essa lição viva de perseverança e determinação. Que possamos nos espelhar na dona Chames para atingirmos nossos objetivos”, exclamou.



APAC - A face humana da prisão

Para os colegas que interessam: Solicitem através do Gabinete do deputado Estadual Durval Ângelo. Amanhã dia 30 de Julho lançamento do livro "APAC - A face humana da prisão". Com missão de recuperar o preso, proteger a sociedade, socorrer as vítimas e promover a justiça restaurativa, as APAC's surgem no cenário nacional como alternativa viável para o caos do sistema prisional. Gabinete: Rua Rodrigues Caldas, 79 Edifício Tiradentes - 3º andar. Telefone: (31) 2108-5040




Foi lançada no dia 30, na sede do Centro de Reintegração Social da APAC de Manhuaçu, a cartilha "APAC - A Face Humana da Prisão", com a presença de mais de uma centena de pessoas.

Com apresentação do Dr. Luiz Carlos Rezende e Santos e prefaciado pelo Dr. Mário Ottoboni, a cartilha foi elaborada pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Durval Ângelo, que desde o ano de 1997, quando conheceu a APAC de Itaúna, se tornou um dos maiores apoiadores e incentivadores das APACs.

Várias autoridades e lideranças prestigiaram o evento de lançamento. Denise Rodrigues, presidente da APAC de Manhuaçu, comemorou o feito do Centro de Reintegração Social de Manhuaçu ter sido escolhido para a apresentação. "Manhuaçu é uma referência na boa aplicação do método".

O diretor executivo da FBAC, Valdeci Ferreira, explicou que a cartilha serve para documentar e mostrar como o método funciona. "A APAC cumpre a execução penal dentro do que está na lei. Não há regalias e nada demais, pelo contrário é um sistema baseado no respeito e no merecimento para reinserção do cidadão condenado ao convívio social".

O prefeito de Manhuaçu Nailton Heringer elogiou o Método APAC e adiantou que irá fazer um convênio para que recuperandos possam ajudar na fábrica de manilhas e bloquetes da prefeitura, que está sendo reativada. "O Método APAC é reconhecido e já provou, através de estatísticas, que recupera de verdade. Estamos aqui para apoiar iniciativas como esta", declarou.

Também participaram da cerimônia, o presidente da Câmara de Manhumirim, Dário Veiga, acompanhado dos vereadores Hélio Mendonça, Dalbino Cler e João Batista Vieira, além do vice-presidente da Câmara de Manhuaçu, Anizio Gonçalves.